Exposição: “M” retrata mulheres marginalizadas e sua luta social

 Artista Gabriel Bonfim retrata a história de luta de mulheres como Maria da Penha e Juliana Caldas

Dia 8 de março é o dia internacional da mulher! São várias as atrações para comemorar este dia só delas, as mulheres.   A mulher e o seu lugar no mundo são o centro dos registros da nova exposição do fotógrafo brasileiro radicado na Suíça, Gabriel Bonfim, que estreia quinta-feira, dia 8 de março, dia internacional da mulher, em São Paulo. Intitulada “M” uma referência a MULHER e, também, a MARIA, nome feminino mais popular na América do Sul – a mostra retrata mulheres que foram empurradas para as margens da sociedade, mas que lutaram para reconquistar o seu espaço.

“M” ficará em cartaz, em São Paulo, no Palácio dos Correios até o dia 20 de abril, com visitação gratuita, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Na abertura da exposição haverá um debate com Maria da Penha e outras participantes do projeto sobre o tema “M – Meu lugar na sociedade”.

São  nove fotografias em cores,  além de uma videoinstalação artística com 11 telas, na qual Gabriel Bonfim retrata cenas aparentemente comuns na vida de mulheres brasileiras. No registro da transexual na escadaria Selarón, no Rio de Janeiro, ou da Ialorixá na igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador, as imagens descortinam histórias que levam o espectador a perceber algumas das dificuldades enfrentadas por essas mulheres.

“Busquei resgatar a história de luta de cada uma das minhas convidadas a partir de onde as fotografei. É como se ao retratá-las ali – nos mais belos e importantes locais no centro dessa sociedade – pudéssemos ressignificar aquele espaço e, assim, como protagonistas de suas próprias histórias, elas retomariam o seu lugar na sociedade que as marginalizou. Meu trabalho tem como objetivo trazer um pouco desse incômodo para que toque as pessoas e as leve a pensar”, declara Gabriel Bonfim.

O projeto da nova exposição de Bonfim surgiu em 2013, em meio à sessão de fotos de Melissa, cuja história de luta por aceitação fez o fotógrafo iniciar uma pesquisa por nomes para compor a série. “Contrastar a beleza do lugar e a dor daquela história me fez querer retratar tantas outras mulheres e suas lutas cotidianas”, conta o fotógrafo.

As fotografias de “M”, que tem curadoria de Thomas Kurer, guardam ainda uma interação entre si, narrando um enredo bem típico da mulher brasileira. A partir da observação das histórias ambientadas nos mais diversos estados do país, as imagens convidam o visitante a uma reflexão sobre a forma como tratamos as mulheres no geral e, em particular, sobre a luta de cada uma para ocupar o seu lugar na sociedade.

A exposição contarão ainda com uma série de 12 imagens da coleção Portraits do acervo de arte de Gabriel Bonfim. São retratos diversos feitos por ele em suas viagens pelo mundo. Fotógrafo que tem atraído cada vez mais a atenção na Europa, Gabriel usa seu talento e seu trabalho de altíssima qualidade para criar atmosferas únicas e incitar contemplações críticas. Fotógrafo com olhar especial para o ser humano e seu ambiente, Gabriel usa esse talento para transmutar-se de fotógrafo de alta performance para artista.

Gabriel Bonfim

Gabriel Bonfim nasceu em São Paulo em 1990. Desde cedo desenvolveu uma grande afeição pela arte. Depois de dedicar três anos à faculdade de Direito e de trabalhar em um escritório de advocacia, decidiu dedicar-se permanentemente à fotografia. Como fotógrafo de moda, desenvolveu sua habilidade profissional e técnica. Depois de anos de aprendizado e viagens pela Holanda, Alemanha e Bélgica, mudou-se para a Suíça, onde conheceu Thomas Kurer atualmente gerente de seu acervo. “Gabriel Bonfim tem um olhar excepcional para o ser humano e seu ambiente. Esse talento é o que o eleva de um fotografo de alta performance de pessoas para um Fotografo de Arte”, afirma Kurer. Em 2016, teve a sua primeira exposição individual De Fotografia à Tactography™ – para os olhos e para os dedos – no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, onde uniu seu olhar único à tecnologia suíça Tactography™, que escaneia o objeto fotografado e mapeia as proporções e profundidade para criação de peças em 3D. Graças à Tactography™, a fotografia transforma-se em imagem para os deficientes visuais, e, ao pintá-la de branco, transforma-se em arte para os não deficientes. Em dez dias, a exposição atraiu um público de 2.1 mil pessoas, incluindo a cantora Anitta e sua amiga Natália Santos, blogger e youtuber (#ComoAssimCega).

Serviço:

Exposição “M”

Local: Palácio dos Correios de São Paulo, Avenida São João, s/nº, Vale do Anhangabaú, São Paulo, SP

Data: 08.03.18 a 20.04.18, segunda a sexta, das 9h às 17h

 

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